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terça-feira, 31 de agosto de 2010

A fotografia e os fotógrafos

Quando falamos em fotógrafos, o nosso imaginário remete-nos a nível histórico para os primeiros sujeitos que ousavam utilizar essa técnica. Escondendo-se atrás de um pano preto, protegiam-se da queimadura possível. Nos dias de hoje a fotografia tornou-se numa das formas mais banais de arte. Onde após a introdução dos processos digitais se acentua a tendência já existente outrora, o peso da fotografia e imagens fotográficas na sociedade. Este técnica ou arte conforme a quisermos retratar permite-nos conhecer o mundo, viajar sem experimentar. Remete-nos para uma realidade ficcionada que desenvolvemos quando vemos uma fotografia enquadrada segundo um autor. Permite-nos conhecer realidades inexistentes, quer isso seja bom ou não. Costumo pensar quando observo uma fotografia de outro autor, qual terá sido a sua intenção, contudo chego sempre a conclusão não ser possível retirar essa ilação (e ainda bem!), porque o meu pensamento encontra-se constantemente petrificado por aquilo que conheço. Sensação idêntica de quando leio um livro e fico com a sensação dos sítios descritos, sem nunca os ter visitado. No entanto, tenho a certeza de como eles são, a sua cor, a sua luz, associo-as pelas palavras do escritor, confronto-as com o meu imaginário e crio a sua imagem, a minha imagem. Interessante o autor que nos deixa imaginar…



Se propusesse-mos a questionar personagens numa qualquer rua citadina sobre se conhecem New York, todas eles me diriam que sim, todas já viram a cidade em imagens, filmes, bandas desenhadas, etc. Em enumeras realidades, que lhes permitiu criar a sua imagem dos gigantes Skyscrapers na margem do mar. No entanto se pergunta-se aos mesmos inquiridos se alguma vez lá estiveram poucos me dariam a mesma resposta, afirmariam possivelmente que seria o seu sonho, que adoraram aquele filme rodado numa manha de inverno enquanto nevava. Este é o poder da imagem, o poder de levar às pessoas realidades que não conhecem. No entanto esta realidade histórica ainda recente pode tornar-se preocupante, a abundância de imagens descarregadas diariamente na rede de fluxos instantâneos que se tornou a internet leva a que diariamente chegue a consumidor novos mundos. Isto numa altura em que tornou banal não só a fotografia mas também a sua alteração digital em segundos, assistimos a constantes mentiras não elaboradas por o fotógrafo, com a sua arte de captar a realidade, mas sim por entidades que tentam passar uma imagem errada de um local, para com isso tirarem dividendos dessa acção. O turismo vê assim na fotografia uma óptima arma de persuasão de massas, através de imagens bem produzidas convencem o consumidor do seu produto mais ou menos ficcionado.